Retrato a nossa B.C.

Inapagavel o momento ao ver o meu colega a contorcer-se de vermelhada  gargalhada,  lágrimas nos olhos, um braço tentando segurar as convulsões de riso do estômago que faziam-no babar-se que nem um buldogue inglês, não conseguindo pronunciar palavra apontava com um dedo. Era uma chinezinha que atravessava a rua ao pé coxinho num esforço sobre-humano de não danificar o que se tinha agarrado no pé. Conseguindo chegar junto do seu companheiro, ele olhou boquiaberto, extasiado com tal fenómeno acontecido no ténis da menina. Depois de conferenciarem, voltaram a atravessar a rua para poderem comprovar que tal coisa estava mesmo no passeio português. Depois de olhar, baixaram-se para ver de perto, cheirar (só faltou por o dedo e degustar) era claramente o momento para apontar a maquina fotográfica. Ela lá se pós em pose no passeio, com o pé sempre no ar !, qual sapatilha de cristal barrada a creme de ouro, e ele lá tirou a foto para a posteridade de algures na Ásia.  Tanto investimento na calçada portuguesa e afinal basta deixar aqui e ali, no passeio, como se de um esquecimento histórico se tratasse um pouco da nossa  Bosta Canidea  ( B.C.).

Sem comentários:

Enviar um comentário